A Diocese Meridional, que passou a ser chamada assim a partir de 1950, quando o então distrito missionário do Brasil foi dividido em três dioceses, é o berço do anglicanismo no Brasil.
Sua origem e sua história têm antecedentes a essa data, já que foi na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1890, que James Watson Morris e Lucien Lee Kinsolving, missionários da Igreja Episcopal dos Estados Unidos, iniciaram o processo de implantação e estabelecimento do anglicanismo no Brasil.
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Dom Humberto Eugênio Maiztegui Gonçalves, casado com a Reverenda Taís Soares Feldens, pai de Natália e Rafael, é o atual bispo diocesano da Diocese Meridional, onde assumiu o episcopado como bispo coadjutor em 2012, passando a substituir Dom Orlando Santos de Oliveira, que se aposentou em 2013.
Segue um resumo da biografia de Dom Humberto e algumas informações sobre o lema e brasão do seu episcopado.
DADOS BIOGRÁFICOS HUMBERTO MAIZTEGUI GONÇALVES
Humberto Eugênio Maiztegui Gonçalves nasceu em Montevideu, Uruguai, em 6 de dezembro de 1964. É filho de Ramona Gonçalves Viganó, natural de Santana do Livramento, RS, Brasil, e de Humberto Gaspar Maiztegui, de nacionalidade uruguaia. Humberto Eugênio tem uma irmã, Ygaen, onze anos e meio mais velha. Conheceu apenas uma avó, Francelina Gonçalves Viganó, que participava da Paróquia Matriz do Nazareno, em Santana do Livramento. Na época de batizar o menino, a Igreja Anglicana no Uruguai funcionava apenas como capelania inglesa. Esse fato fez com que Humberto fosse batizado na Igreja Metodista, pelo pastor metodista, Earl Smith, que tinha um trabalho de caráter social na periferia de Montevideu. Sua educação primaria e secundária foi feita no ensino público do Uruguai. Nesta época, desenvolveu o gosto pelo esporte, tendo competido em diversas modalidades.
O trabalho missionário da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil chegou ao Uruguai em 1977, por ação dos então reverendos Clovis Erly Rodrigues e Jubal Pereira Neves, ambos hoje bispos eméritos, que na época trabalhavam em Santana do Livramento. Quando Humberto completou 14 anos, chegou a Montevideu o primeiro pároco bilíngue (espanhol-inglês), Andrew Couch. A partir desse momento, começou a participar como membro da juventude anglicana e como professor de escola dominical, na Parroquia de la Santíssima Trinidad, que fazia parte da Diocese de Buenos Aires (Argentina). Foi confirmado e instituído ministro leigo aos 19 anos de idade. Nesse tempo, cursava Educação Física em Montevideu, tendo se formado em 1986 como professor.
Em 1987, começou os seus estudos teológicos no Seminário Teológico Nacional da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, em Porto Alegre, bacharelando-se em 1990. Nesse mesmo ano, em 26 de maio, dia de Santo Agostinho de Cantuária, e dia também da visita do Arcebispo de Cantuária Robert Runcie ao Uruguai, foi ordenado ao diaconato pelo Bispo William Godfrey, na Catedral da Santíssima Trinidad, da Diocese Anglicana do Uruguai, da qual consta como um dos seus fundadores.
Em 1991, trabalhou na Diocese Anglicana do Uruguai como coadjutor da Paróquia Santo Agostinho, em Montevideu, e professor de Antigo Testamento no Instituto Teológico Anglicano do Uruguai (ITAU).
Ao retornar à Diocese Meridional, assumiu a Paróquia da Bênção Divina, em São Francisco de Paula, RS, cidade em que, no dia 12 de Abril de 1992, foi ordenado ao presbiterado por Dom Cláudio Vinícius de Senna Gastal. Na mesma ocasião e cerimônia, foram também ordenados ao presbiterado Tais Soares Feldens e Aubri de Oliveira Ecotem, e ao diaconato Anésia do Nascimento de Jesus. Nesse mesmo ano, casou-se com a Revda. Taís Soares Feldens, em cerimônia também realizada em São Francisco de Paula. O casal tem dois filhos: Natália, nascida em 1992, e Rafael, nascido em 1999.
Humberto e Taís trabalharam juntos na Paróquia da Graça Divina, numa Missão entre Indígenas em Mato Grosso, no Grupo de Trabalho Missionário Evangélico (GTME) e atualmente na Pastoral Indigenista Anglicana e no Devocionário Sementes.
Humberto fez cursos de especialização na área de Bíblia no Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI). A partir de 1994, passou a lecionar no Seminário Teológico Dom Egmont Machado Krischke (SETEK), em Porto Alegre, chegando ao cargo de reitor em maio de 2010. Nesse ínterim, cursou Mestrado (1999-2001) e Doutorado (2001-2005) na Escola Superior de Teologia da Igreja de Confissão Luterana no Brasil, em São Leopoldo RS. Atualmente, leciona, por meio de convênio, na Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana (ESTEF), da Igreja Católica Romana. Na vida acadêmica, tem escrito, editado e sistematizado diversos artigos e materiais educativos.
Foi também pároco das seguintes paróquias: Graça Divina, em Viamão; Calvário, em Nova Santa Rita; São Paulo, em Cachoeirinha e reitor da Paróquia São Lucas, em Canoas. Todas essas comunidades são da Diocese Meridional.
Humberto Eugênio Maiztegui Gonçalves foi eleito Bispo Coadjutor da Diocese Meridional em segunda sessão do 120º Concílio Extraordinário, ocorrida no dia 20 de outubro de 2012, na Paróquia da Ascensão, em Porto Alegre. Sua sagração ocorreu no dia 09 de dezembro de 2012, na Catedral Nacional da Santíssima Trindade de Porto Alegre. Onde também foi instituído como Bispo Diocesano da Diocese Meridional, no dia 5 de maio de 2013, no encerramento do 121º Concílio Diocesano.
A Diocese Meridional abrange a parte oriental do estado do Rio Grande do Sul, onde estão localizadas a maioria das comunidades diocesanas, e Sul de Santa Catarina. A sede diocesana está localizada na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, cidade que entrou no cenário mundial por ter sediado a maioria das edições do Fórum Social Mundial.
A Diocese Meridional possui por volta de 13.000 membros batizados, espalhados por 17 paróquias e 15 missões e pontos missionários. Para desenvolver o trabalho estão envolvidos homens e mulheres ordenados ao diaconato e ao presbiterado, bem como ministros(as)-leigos(as).
O simbolismo presente no selo diocesano está abaixo resumido:
Mitra – símbolo do Episcopado, sinal da autoridade e do cuidado e zelo, o Velho e o Novo Testamento.
Pomba – simboliza a Paz, a pureza, a doçura, a modéstia e a humildade. Símbolo da inspiração divina e sinal da presença do Espírito Santo.
Chaves – símbolo de restauração, da confissão e da absolvição; recorda-nos também a sacralidade da Igreja de Cristo. representa São Pedro (Mt. 16:19).
Cajado – representa o bastão do pastor que guarda o seu rebanho de todo o mal. Cruz Celta – é uma das mais antigas formas de representação da Cruz, derivada da tradição do povo celta britânico. O círculo presente atrás da cruz simboliza a eternidade de Deus.
Confitemini Domini – primeiro versículo (forma latina) do salmo 107: “Rendei graças ao Senhor!”. Resplendor – lembra a Glória do Filho de Deus representada pelos raios que partem da Cruz.
Diocese Meridional – Prioridades Diocesanas
Existem quatro linhas mestras que orientam a vida e o ministério de nossa diocese:
1. Uma vida de oração – liturgia e espiritualidade;
2. Evangelização – crescimento missionário e testemunho;
3. Serviço e Expansão – programas pastorais baseados no senso bíblico de Diaconia;
4. Educação Cristã – formação teológica para o clero e o laicato.
As prioridades diocesanas para este tempo foram desenvolvidas tendo como base as decisões de nosso planejamento estratégico, em nível diocesano. São elas:
1. Formação teológica – preparar o clero e a liderança dentro dos conceitos e práticas da Missão, numa visão contemporânea;
2. Comunicação – desenvolver uma consciência diocesana de partilha de informações e atividades, promovendo assim uma melhor divulgação da Boa Nova de Jesus Cristo que se realiza nas comunidades;
3. Juventude – organizar uma frutífera pastoral entre os jovens de nossa diocese, em seus diversos e diferentes níveis;
4. Expansão Missionária – desenvolver estratégia de crescimento diocesano.
O brasão do episcopado de Dom Humberto Eugenio Maiztegui Gonçalves é composto dos seguintes elementos:
A Bíblia aponta para as Santas Escrituras como base da fé cristã e dela emerge o lema: Proclamar e Servir (“Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que para com o seu nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e ainda servis”; Hebreus 6:10).
O Peixe, em grego IXTUS, significa “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”, usado pela Igreja Primitiva nos tempos de perseguição, aponta para o seguimento e discipulado cristão.
A Mitra simboliza o ministério do episcopado orientado pela Missio Dei (Missão de Deus que emana da Trindade Santa).